Meu pai diz que viver é fácil, a gente é que complica. O ser humano é um bicho tão engraçado, que até quando pode (e deve) facilitar as coisas, acaba complicando, mesmo sem querer, por força da sua própria natureza.
Viver seria simples se compreendêssemos mais, perdoássemos mais e peneirássemos o essencial à vida, descartando as superficialidades. Mas processar os sentimentos e agir com equilíbrio é como andar na corda bamba, um exercício constante que requer muita prática. Muita gente não sabe que é capaz disso, mas é.
A gente se magoa por muito pouco, se estressa sem necessidade, sofre além da cota diária que nos é destinada. São raras as pessoas dotadas de equilíbrio emocional suficiente para encarar as situações (das mais felizes às mais trágicas) de forma plácida. Mas eu conheço algumas! E as admiro.
São pessoas munidas do que chamo de inteligência emocional. Sofrem, choram, sentem as perdas e as adversidades, como todo mundo, mas não esgotam seu estoque de esperança. Pelo menos, não se entregam às dificuldades e não superdimensionam os problemas. Saem, passeiam, viajam, trabalham, se dão chances, se permitem.
Meus pais me ensinaram uma grande lição a esse respeito. Confesso que o choque causado pela separação dos pais é inevitáveil, por mais que nós, filhos, sejamos bem crescidinhos. Nessa hora a gente se sente até meio criança, vendo um castelo se desmoronar. Separação desune e não tem jeito. Muitas vezes, quando eu sinto uma dor no coração pela falta de uma coisa que era muito importante para mim, olho para eles e vejo cada um tocando sua vida, se esforçando com dignidade. E logo penso: “se eles estão bem, por que eu não vou estar?”
Nessa horas me vejo complicando o que poderia ser fácil. Grandes rompimentos, fechamento de ciclos e profundas mudanças redirecionam a vida, mudam o foco e as prioridades. São chances (radicais, é verdade) que a vida nos dá de experimentar outras vivências, captar novas sensações, mudar pontos de vista e velhas opiniões. Meus pais estão aí, focando suas energias no trabalho e resgatando a individualidade perdida com o casamento. Realizando sonhos como ter uma moto, fazer uma viagem, aprender a dirigir... A vida está lhes lembrando quem eles são. E lembrando, sobretudo, que viver é fácil, a gente é que complica.
Viver seria simples se compreendêssemos mais, perdoássemos mais e peneirássemos o essencial à vida, descartando as superficialidades. Mas processar os sentimentos e agir com equilíbrio é como andar na corda bamba, um exercício constante que requer muita prática. Muita gente não sabe que é capaz disso, mas é.
A gente se magoa por muito pouco, se estressa sem necessidade, sofre além da cota diária que nos é destinada. São raras as pessoas dotadas de equilíbrio emocional suficiente para encarar as situações (das mais felizes às mais trágicas) de forma plácida. Mas eu conheço algumas! E as admiro.
São pessoas munidas do que chamo de inteligência emocional. Sofrem, choram, sentem as perdas e as adversidades, como todo mundo, mas não esgotam seu estoque de esperança. Pelo menos, não se entregam às dificuldades e não superdimensionam os problemas. Saem, passeiam, viajam, trabalham, se dão chances, se permitem.
Meus pais me ensinaram uma grande lição a esse respeito. Confesso que o choque causado pela separação dos pais é inevitáveil, por mais que nós, filhos, sejamos bem crescidinhos. Nessa hora a gente se sente até meio criança, vendo um castelo se desmoronar. Separação desune e não tem jeito. Muitas vezes, quando eu sinto uma dor no coração pela falta de uma coisa que era muito importante para mim, olho para eles e vejo cada um tocando sua vida, se esforçando com dignidade. E logo penso: “se eles estão bem, por que eu não vou estar?”
Nessa horas me vejo complicando o que poderia ser fácil. Grandes rompimentos, fechamento de ciclos e profundas mudanças redirecionam a vida, mudam o foco e as prioridades. São chances (radicais, é verdade) que a vida nos dá de experimentar outras vivências, captar novas sensações, mudar pontos de vista e velhas opiniões. Meus pais estão aí, focando suas energias no trabalho e resgatando a individualidade perdida com o casamento. Realizando sonhos como ter uma moto, fazer uma viagem, aprender a dirigir... A vida está lhes lembrando quem eles são. E lembrando, sobretudo, que viver é fácil, a gente é que complica.
Um comentário:
Tb passei por isso de separação (e passo e acho q ainda vai demorar pra eu me sentir bem)... A idade não significa nada mesmo né, a dor é a mesma, talvez pior... Mas dizem q o tempo melhora tudo... Eu ainda estou esperando! =)
Adoro vir espiar o q vc escreve...
Beijo e sucesso!
Paula
Postar um comentário