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Nasci em Floripa, vivo em Miami e sou apaixonada pela África. Adoro viajar e explorar novas culturas. Tenho especial interesse pelas diferenças. Este é o meu caderno de 'viagens' aberto ao publico. Seja bem-vindo (a)!

10.7.07

Em boca fechada não entra mosca

Dia destes, numa mesa de bar, uma pessoa que estuda comigo se pôs a falar da vida alheia. Ela contava para um dos nossos colegas o que a cunhada dele - que também estuda conosco - tinha dito sobre ele, assim: “pois é, quando fostes viajar para a Costa Rica, a tua cunhada me disse que a irmã dela te deu uma prancha de presente. Ela disse que pelo preço que custou, deverias trazer um presente muito bom para a irmã dela! Olha, eu achei um absurdo! A irmã dela te deu um presente esperando que tu fostes dar outro em troca, vê se pode? E ela me disse isso não foi só uma vez, não. Todo dia ela vinha com essa história.” E fez cara de alívio, de quem pensava estar prestando uma informação de utilidade pública.
Eu, da mesa ao lado, ouvi a conversa. E senti um frio na espinha! Pensei mil coisas que pudesse dizer naquela hora para que eles mudassem de assunto e para que ela percebesse a falta de propósito e de bom senso do comentário (afinal, a pessoa de quem ela falava, além de ser cunhada dele, é conhecida de todos nós e estava ausente). A minha vontade secreta era dar uma lição de moral, dizer que era mais importante ela cuidar da vida dela, que esse tipo de comentário, além de não acrescentar nada, ainda poderia gerar um conflito, enfim... mas fiquei quieta. Lembrei do proposital ditado, que serve, inclusive, para mim: “em boca fechada não entra mosca”. Eis que ela continuou a conversa e perguntou a ele: “tu já me vistes falar mal de alguém? Já vistes? Se tem uma pessoa que não fala de ninguém sou eu!” E o nosso colega me olhou de lado e fez cara de quem pede socorro. Eu, simplesmente, levantei da mesa.
Dentre o vasto anedotário popular, se existe um ditado que é realmente importante e vale a pena ser exercitado é: “em boca fechada não entra mosca”! Em caso de dúvida (falo ou não falo?) é sempre o melhor que se tem a fazer, acredite.

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