É interessante observar os relacionamentos humanos. Algumas pessoas do meu convívio particular simplesmente não sabem tratar bem quem as cerca. Sabem, por outro lado, tratar bem os amigos, os vizinhos, os colegas de trabalho ou de faculdade, mas têm imensa dificuldade em tratar bem a família, em conviver harmoniosamente com aqueles a quem mais deve consideração, respeito e carinho. Para os amigos fazem todos os favores, são prestativos, falam doce, riem à toa. Em casa são mal-humorados, resmungam, estão sempre com preguiça e inventando desculpas. Sabem muito bem exigir, pedir e usufruir, mas não gostam de ajudar, não são prestativos e, sequer, sabem conversar.
Ouvimos por aí que família não se escolhe. Esta afirmação apenas incentiva as pessoas a “aturarem” a família e subjulga as relações familiares à condição de mera obrigação.
Na concepção espírita (nem é preciso ir tão longe, os mais atentos aos relacionamentos humanos devem ter percebido isso), nós convivemos com as pessoas que necessitamos - do ponto de vista evolutivo. A natureza, sabiamente, tem propósito para tudo. O fato de não conhecermos muitas das respostas, não quer dizer que elas não existam. Por isso nós escolhemos, sim, a nossa família. Ninguém é mais responsável por receber (ou ser recebido) em determinado ciclo do que nós mesmos. As pessoas que atraímos, incluindo os familiares , são necessárias ao nosso aprimoramento pessoal. É através delas que a vida nos possibilita exercitar sentimentos como a compreensão, a aceitação, a tolerância e o carinho. Não à toa são os companheiros que a vida nos dá, ou melhor, que nós escolhemos e atraímos ao longo de nossas vidas. A forma como tratamos as pessoas, de modo geral, nesta vida, determinará a família e o círculo de convivência na próxima existência.
Admitir essa possibilidade muda todo o contexto. Muda a forma de aceitarmos e, por decorrência, de tratarmos as pessoas. Acreditar nesta prerrogativa é ponto de partida para uma mudança positiva, que começa de dentro (de casa) para fora.
Quem sou eu
- Ambelle B. Schmidt
- Nasci em Floripa, vivo em Miami e sou apaixonada pela África. Adoro viajar e explorar novas culturas. Tenho especial interesse pelas diferenças. Este é o meu caderno de 'viagens' aberto ao publico. Seja bem-vindo (a)!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Espero que as coisas melhorem...
:*
Camila
Postar um comentário