Hoje acordei, me olhei no espelho e concluí que além de um cabeleireiro eu preciso também de um abraço. Um abraço daqueles do meu pai: apertado, demorado, seguido de um beijo e um “eu te amo”. Se eu fizesse uma lista das melhores coisas da vida, o abraço do meu pai constaria nela. Não é um simples abraço, é uma forma de comunicação que transcende as palavras, é uma mágica troca de energia. Quando ele me abraça o coração dele diz pro meu: “eu estou contigo e sempre estarei, pode ficar tranquila”. E o meu coração, tranquilo, sorri e responde para o dele: “obrigada por ser meu pai. Obrigada!” A gente se abraça sem precisar de motivo, isso é o que eu acho mais legal. Eu não preciso estar de aniversário, eu posso simplesmente estar atravessando o corredor de casa, indo o quarto para a sala, e ser surpreendida por um longo e forte abraço. E tudo o que a gente quer dizer um para o outro nessa hora é dispensável. O silêncio do nosso abraço diz tudo.
Cape Town está ficando vazia e o meu coração também. Em duas semanas tive que me despedir de muitos amigos, de muitas pessoas que aprendi a gostar e a admirar e isso deixou um buraco enorme dentro de mim. É uma sensação de desamparo, de abandono, mas que não dura muito, eu confesso. Até porque, nos últimos dois anos da minha vida andei fazendo um “intensivão em despedidas forçadas” e a saudade já não me assusta tanto. O problema é que nessas horas a gente fica frágil, sente falta de casa, da família, do colo dos velhos amigos, enfim, de tudo o que nos dá segurança. A gente tende a se apegar demais nos amigos que conquista em pouco tempo. Eles chegam, fazem a gente feliz, se tornam importantes e vão embora... Mas como a vida é feita de indas e vindas, de encontros e despedidas, de sorrisos e lágrimas, não nos resta outra opção se não conviver com a saudade, que não necessariamente precisa ser triste, pode ser uma saudade boa.
Conjeturando a respeito percebi que no fundo não fico triste por perder a companhia das pessoas, mas pelo medo e a insegurança de não ter com quem contar caso não apareçam novos amigos para preencher o espaço. Porque as amizades que a gente construiu continuam firmes, independente do tempo e da distância. Os amigos foram embora, voltaram para as suas casas, mas continuam lá (e também no Orkut, msn, fotologs...). Cada um representa uma pecinha insubstituível no quebra-cabeça da nossa história de vida. Cada um é importante de um jeito, especial de um jeito. O problema é quando eles deixam a vaga livre e nenhum novo amigo a ocupa. Este é o meu medo. O que me assusta é esse vazio que eu nunca sei quanto tempo vai durar...
Cape Town está ficando vazia e o meu coração também. Em duas semanas tive que me despedir de muitos amigos, de muitas pessoas que aprendi a gostar e a admirar e isso deixou um buraco enorme dentro de mim. É uma sensação de desamparo, de abandono, mas que não dura muito, eu confesso. Até porque, nos últimos dois anos da minha vida andei fazendo um “intensivão em despedidas forçadas” e a saudade já não me assusta tanto. O problema é que nessas horas a gente fica frágil, sente falta de casa, da família, do colo dos velhos amigos, enfim, de tudo o que nos dá segurança. A gente tende a se apegar demais nos amigos que conquista em pouco tempo. Eles chegam, fazem a gente feliz, se tornam importantes e vão embora... Mas como a vida é feita de indas e vindas, de encontros e despedidas, de sorrisos e lágrimas, não nos resta outra opção se não conviver com a saudade, que não necessariamente precisa ser triste, pode ser uma saudade boa.
Conjeturando a respeito percebi que no fundo não fico triste por perder a companhia das pessoas, mas pelo medo e a insegurança de não ter com quem contar caso não apareçam novos amigos para preencher o espaço. Porque as amizades que a gente construiu continuam firmes, independente do tempo e da distância. Os amigos foram embora, voltaram para as suas casas, mas continuam lá (e também no Orkut, msn, fotologs...). Cada um representa uma pecinha insubstituível no quebra-cabeça da nossa história de vida. Cada um é importante de um jeito, especial de um jeito. O problema é quando eles deixam a vaga livre e nenhum novo amigo a ocupa. Este é o meu medo. O que me assusta é esse vazio que eu nunca sei quanto tempo vai durar...
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