Cape Town está diferente. Desde que os últimos amigos foram embora e a grana está ficando escassa, o clima de férias que durou quase três meses tem tentado me mostrar que todo Carnaval tem a sua quarta-feira de cinzas. Não que eu tivesse esquecido, mas simplesmente não quis lembrar. Vivi três meses ocupada somente em desfrutar as experiências que a vida vinha me apresentando. E as chances foram tantas que uma ou outra deixei escapar de propósito, como quem pensa: eu já tenho o suficiente.
Não passei um dia sem ter estado feliz, sem ter botado a cabeça no travesseiro e pensado: como o dia foi bom. Algo mágico aconteceu comigo que não me deixou enxergar os problemas e que apagou do meu vocabulário a palavra preocupação. Nem a saudade me importunou. Um dia ela virou para mim e disse: quando você estiver perto da felicidade, vai estar muito longe de casa, é isso mesmo que vocês quer? Eu optei por estar feliz em primeiro lugar, pois assim eu administraria muito bem a saudade. Digamos que pedi um sanduíche e ganhei um combo.
Mas C.T. não está diferente só aos meus olhos, a cidade está mudando, de verdade. A estrela Dalva não aparece mais em frente à minha janela, aliás, eu nem sei por onde ela anda. A lua não é mais minha vizinha, parece ter se mudado para os lados de Grrenpoint. O sol também não brilha mais como antes. E para completar, ontem levantei no meio da noite para calçar uma meia. Depois de um dia de praia e temperatura beirando os 35ºC, repentinamente tivemos que tirar os casacos do guarda-roupa. A penínsola está com ares de serra e embora tenha perdido um pouco do calor, não deixou de ser interessante. O inverno deve ser gostoso aqui, embora eu tenha ouvido dizer que chove praticamente todos os dias. Por enquanto ainda tenho esperança de pegar mais uns dias de praia.
Até o fim da semana devo saber a resposta sobre a renovação do meu visto. Se tudo der certo, ele será estendido por mais 3 meses. Ainda não sei se vou ficar até julho, tudo vai depender de eu conseguir um emprego que ajude a me bancar e a aprender inglês, caso contrário, vou fazer a tão sonhada viagem para a Namíbia como despedida e voltar pra casa.
Talvez eu não fique para curtir o frio, não sei. Só sei que continuo firme na filosofia de fazer planos a curto prazo. Só o hoje me interessa. O amanhã, quando ele chegar é que eu vou vivê-lo.
Não passei um dia sem ter estado feliz, sem ter botado a cabeça no travesseiro e pensado: como o dia foi bom. Algo mágico aconteceu comigo que não me deixou enxergar os problemas e que apagou do meu vocabulário a palavra preocupação. Nem a saudade me importunou. Um dia ela virou para mim e disse: quando você estiver perto da felicidade, vai estar muito longe de casa, é isso mesmo que vocês quer? Eu optei por estar feliz em primeiro lugar, pois assim eu administraria muito bem a saudade. Digamos que pedi um sanduíche e ganhei um combo.
Mas C.T. não está diferente só aos meus olhos, a cidade está mudando, de verdade. A estrela Dalva não aparece mais em frente à minha janela, aliás, eu nem sei por onde ela anda. A lua não é mais minha vizinha, parece ter se mudado para os lados de Grrenpoint. O sol também não brilha mais como antes. E para completar, ontem levantei no meio da noite para calçar uma meia. Depois de um dia de praia e temperatura beirando os 35ºC, repentinamente tivemos que tirar os casacos do guarda-roupa. A penínsola está com ares de serra e embora tenha perdido um pouco do calor, não deixou de ser interessante. O inverno deve ser gostoso aqui, embora eu tenha ouvido dizer que chove praticamente todos os dias. Por enquanto ainda tenho esperança de pegar mais uns dias de praia.
Até o fim da semana devo saber a resposta sobre a renovação do meu visto. Se tudo der certo, ele será estendido por mais 3 meses. Ainda não sei se vou ficar até julho, tudo vai depender de eu conseguir um emprego que ajude a me bancar e a aprender inglês, caso contrário, vou fazer a tão sonhada viagem para a Namíbia como despedida e voltar pra casa.
Talvez eu não fique para curtir o frio, não sei. Só sei que continuo firme na filosofia de fazer planos a curto prazo. Só o hoje me interessa. O amanhã, quando ele chegar é que eu vou vivê-lo.