Desde que cheguei a C.T., já nas primeiras noites, tive uma surpresa “brilhante” adornando o céu que enxergo da janela do meu quarto.
Alguns dizem que é o planeta Marte, mas eu prefiro chamar de estrela Dalva, porque um nome feminino cai melhor para aquilo que eu conheço como estrela. Ela é a primeira e mais brilhante que aparece no céu, bem cedo, antes do pôr-do-sol, e por isso imagino que seja hierarquicamente importante na constelação, tipo a chefe de todas as estrelas. Ela é a única que tem permissão para acompanhar a lua, por isso as vezes elas estão lado a lado, só as duas, se exibindo na frente da minha janela, tipo duas amigas que estão indo pra balada de roupa nova.
Escolhi a Dalva para ser a minha melhor amiga, porque nós duas temos algo em comum: estamos sozinhas na África do Sul. Ela no céu e eu na Terra. As vezes eu no céu também, junto com ela.
Pouco antes de eu vir para C.T., dirigia meu carro na estrada geral do bairro João Paulo, quando olhava para cima distraída (coisas de Ambelle, dirigir olhando para cima...) e vi uma estrela cadente. Foi um susto bom! Ela apareceu e sumiu com tanta rapidez, que eu nem tive tempo de avisar os amigos que estavam comigo no carro para que eles vissem também. Foi o passeio instantâneo de um comenta, ágil o suficiente para me dar a oportunidade de fazer um pedido e nada mais. Fiz o pedido cheia de fé e emoção, toda comovida com aquele fato inusitado. Pedi para ser feliz em Cape Town e especialmente hoje, no dia em que sinto meu coração sorrir de satisfação sem precisar de um motivo específico, agradeço àquele cometa.
Alguns dias depois de ter conquistado a confiança da Rica, minha host mother, ela me chamou no quarto dela para me dar um presente. Disse que tinha comprado para dar para alguém, mas nunca soube para quem, até que quis dar para mim. Adivinhem: uma estrela! Um pingente de estrela, daqueles de cristal.
Para completar a história sobre estrelas (se é que ela pára por aqui), estive estes dias no salão das minhas amigas coreanas (pausa: descobri que elas não são coreanas, são made in Taiwan), quando vi que elas também fazem tatuagem. O cara da maca ao lado (sim, eu faço o pé deitada numa maca, vai ver é o estilo oriental...) estava tatuando uma flor no braço e eu comecei a fazer perguntas, mais interessada em praticar inglês do que na tatuagem propriamente dita.
Foi então que uma delas me disse: por que você não faz uma estrela? Eu nem sabia o que responder, então devolvi a pergunta: “uma estrela?” E ela disse: “uma não, três, uma de cada cor.” Pensei comigo: uma boa forma de homenagear a Dalva, a estrela cadente para a qual eu fiz o pedido e a estrela que ganhei da Rica!
Alguns dizem que é o planeta Marte, mas eu prefiro chamar de estrela Dalva, porque um nome feminino cai melhor para aquilo que eu conheço como estrela. Ela é a primeira e mais brilhante que aparece no céu, bem cedo, antes do pôr-do-sol, e por isso imagino que seja hierarquicamente importante na constelação, tipo a chefe de todas as estrelas. Ela é a única que tem permissão para acompanhar a lua, por isso as vezes elas estão lado a lado, só as duas, se exibindo na frente da minha janela, tipo duas amigas que estão indo pra balada de roupa nova.
Escolhi a Dalva para ser a minha melhor amiga, porque nós duas temos algo em comum: estamos sozinhas na África do Sul. Ela no céu e eu na Terra. As vezes eu no céu também, junto com ela.
Pouco antes de eu vir para C.T., dirigia meu carro na estrada geral do bairro João Paulo, quando olhava para cima distraída (coisas de Ambelle, dirigir olhando para cima...) e vi uma estrela cadente. Foi um susto bom! Ela apareceu e sumiu com tanta rapidez, que eu nem tive tempo de avisar os amigos que estavam comigo no carro para que eles vissem também. Foi o passeio instantâneo de um comenta, ágil o suficiente para me dar a oportunidade de fazer um pedido e nada mais. Fiz o pedido cheia de fé e emoção, toda comovida com aquele fato inusitado. Pedi para ser feliz em Cape Town e especialmente hoje, no dia em que sinto meu coração sorrir de satisfação sem precisar de um motivo específico, agradeço àquele cometa.
Alguns dias depois de ter conquistado a confiança da Rica, minha host mother, ela me chamou no quarto dela para me dar um presente. Disse que tinha comprado para dar para alguém, mas nunca soube para quem, até que quis dar para mim. Adivinhem: uma estrela! Um pingente de estrela, daqueles de cristal.
Para completar a história sobre estrelas (se é que ela pára por aqui), estive estes dias no salão das minhas amigas coreanas (pausa: descobri que elas não são coreanas, são made in Taiwan), quando vi que elas também fazem tatuagem. O cara da maca ao lado (sim, eu faço o pé deitada numa maca, vai ver é o estilo oriental...) estava tatuando uma flor no braço e eu comecei a fazer perguntas, mais interessada em praticar inglês do que na tatuagem propriamente dita.
Foi então que uma delas me disse: por que você não faz uma estrela? Eu nem sabia o que responder, então devolvi a pergunta: “uma estrela?” E ela disse: “uma não, três, uma de cada cor.” Pensei comigo: uma boa forma de homenagear a Dalva, a estrela cadente para a qual eu fiz o pedido e a estrela que ganhei da Rica!
Bom, ainda não decidi fazer a tatoo, porque na verdade tinha um outro símbolo em mente e iria fazer quando terminasse o curso de cromoterapia, mas quem sabe eu não volte para o Brasil com o corpo estrelado, marcado por esta fase “brilhante” da minha vida?
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