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Nasci em Floripa, vivo em Miami e sou apaixonada pela África. Adoro viajar e explorar novas culturas. Tenho especial interesse pelas diferenças. Este é o meu caderno de 'viagens' aberto ao publico. Seja bem-vindo (a)!

13.1.09

Cape Town 3: "Raviones"




Sexta-feira teve um jantar judaico aqui em casa. Abri a porta da sala e dei de cara com uma mesa de pães, queijos e cuscus, toda caprichada, e uma montoeira de gente me olhando. A Rica me apresentou um por um e treinei meu inglês com todos eles, que fizeram várias perguntas sobre o Brasil. A nora da Rica queria saber sobre um tal de “raviones” e eu pensando, quem disse para ela que ravioli é comida típica no Brasil? Até que ela apontou para os meus pés e, num estralo, decifrei que “raviones” é a pronúncia britânico-africana para H-a-v-a-i-a-n-a-s. E viva a linguagem universal dos sinais! Se não fosse ela apontar para os chinelos eu teria dado um dos maiores bola-foras da minha vida, com uma resposta do tipo: não, no Brasil a gente come feijoada...

Falando em tradução, domingo fui à praia e os tiozinhos que vendiam água gritavam “azecrimcola and mineroota”. Virei para o Henrique e perguntei: que diabos ele fala depois de ice cream, que eu não entendo? Ele não tinha entendido nem a parte do ice cream, então chamei um deles e perguntei: “what do you say? Ice cream and what eles?” E ele, muito paciente, respondeu: “ice cream, cool drink and mineral water”. Mas com aquele sotaque afrikans eu seria capaz de passar o dia todo morrendo de sede e pensando: poxa, ninguém pra vender uma água nessa praia?

Ah, no sábado à tarde fiz a Wine Route (Rota dos Vinhos), passando por Stellenbosch e Franschhoek. Foi um dos passeios mais lindos que já fiz. Tanto o caminho quanto as vinícolas são apaixonantes. Já me disseram que as do Uruguai são melhores (sempre tem um pra desdenhar, né?), mas eu já achei todas elas perfeitas. São tipo umas fazendas cheias de capricho, corredores de plátanos na entrada, flores, árvores grandes que fazem umas sombras gostosas... fiquei com vontade de morar numa daquelas fazendas. Me deu paz, sabe? Vai ver foram as 15 taças de vinho. Brincadeira! Foi só um golinho cada uma. na degustação aprendi a conhecer e a apreciar os tipos de uva. Engraçado foi depois, na fábrica de brandy, que o cara explicou que o licor é diferente do vinho, devido ao teor de álcool não se sacode nem cheira, porque queima o nariz. É óbvio que a brasileirada sempre tem que fazer o que não deve e dali a pouco tinha gente dizendo: “uiiiiiiiii que coisa forte, ardeu meu olho”. E eu pensando comigo: bando de pobre, não sabe nem apreciar um bandy...

Sexta também foi dia de School’s Barbecue. Sobre isso não tenho muito o que contar, uma porque fiquei pouco (tive que ir embora cedo para fazer a social no jantar lá de casa) e outra porque só tinha brasileiro e deles eu estou de saco cheio. Ando com sede de novidade.

Esta semana quero aproveitar bastante, porque 7 dias se passaram e a sensação é de que o tempo está voando. Desse jeito vou ter que adiar a passagem e ficar mais um mesinho!

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