Versa o adágio popular que "o medo é a arma dos covardes". Esse sentimento, de fato, tem uma péssima reputação. Está relacionado à falta de coragem e à incompetência. É sempre lembrado como algo que nos impede de realizar, e está intimamente ligado à vergonha. Vergonha de sentir e de revelar o medo.
Na verdade, o medo é indispensável ao convívio social, pois é justamente o que freia as nossas insanidades, barra os nossos ferozes instintos. É ele que nos faz temer o incerto, o desconhecido, por isso, muitas vezes, nos impede de sofrer e de errar além da conta.
O medo de ser preso impede a pessoa de cometer um crime, o medo de arriscar poupa das conseqüências negativas, o medo das dificuldades, muitas vezes, é o que facilita.
É claro que sentí-lo em excesso é prejudicial, pois quem tem medo não vive intensamente, não segue os impulsos, não reage com espontaneidade, evita correr riscos. Porém, quem souber dosar o medo pode regular melhor a vida, delimitar a liberdade - a sua e a dos outros - sem passar dos limites.
Se os criminosos tivessem mais medo da polícia; os viciados, da morte; os estressados, das reações alheias; os filhos, dos pais; e os alunos, dos professores, não há dúvidas, o mundo teria mais paz e respeito.
O medo existe para ser compreendido. E feliz daqueles que sabem dosar!
Muito mais do que "a arma dos covardes", é a ferramenta dos inteligentes, dos conscientes. Bem que poderia haver mais medo (na dose certa) em determinadas consciências e em determinados corações.
Quem sou eu
- Ambelle B. Schmidt
- Nasci em Floripa, vivo em Miami e sou apaixonada pela África. Adoro viajar e explorar novas culturas. Tenho especial interesse pelas diferenças. Este é o meu caderno de 'viagens' aberto ao publico. Seja bem-vindo (a)!
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2 comentários:
Ai, Belle! Vou adorar visitar teu blog. Adorei o texto e acho que você seria uma ótima cronista de jornal, no lugar daquele pentelho do Cacau Menezes. Vou iniciar uma campanha para você substituí-lo no DC! Porque você sempre me faz pensar, refletir...
Beijo, minha flor!
Ah, essa aí era eu (Camila).
Agora que eu vi que nem tinha assinado... :P
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