A inspiração voltou comprovando que 'há males que vêm para bem'. Foi eu ficar uma semana de cama por conta de uma gripe forte, que as ideias estouraram como pipoca na minha cabeça. Aí eu lembrei o quanto amo escrever.
Estava devendo um post sobre a viagem para a Namíbia. Desde que botei os pés na África eu quis conhecer o lado selvagem daquele continente rico e não poderia voltar para casa sem ter feito pelo menos um safari daqueles bons e altamente recomendados.
Deixei a viagem para o final como uma espécie de despedida. A intenção inicial era conhecer três países, Namíbia, Botsuana e Zimbabue, mas ao final de 6 meses, além das minhas economias não permitirem, o pessoal da imigração não foi tão legal comigo.
Essa viagem tinha uma segunda intenção. Como o meu visto de permanência na África do Sul estava prestes a expirar, deixar o país e voltar talvez fosse a possibilidade de conseguir um novo visto. Talvez. Não foi o que aconteceu comigo.
Procurei a Nomad (http://nomadtours.co.za/index.html), onde trabalha a minha amiga Fernanda. É uma empresa de turismo que promove viagens pela África de um jeito bem roots. Tanto é possível atravessar o continente, comprando o trecho completo (Cape to Nairobi) como comprar os trechos separados, escolhendo os países e atrações que mais lhe agradam.
Escolhi Cape To Windhoek, uma trip de 13 dias que atravessa a África do Sul e chega à capital da Namíbia, de onde eu voltaria para Cape Town de avião.
Foram 13 dias I-NES-QUE-CÍ-VEIS! Dei a sorte de pegar uma tendmate tranquila, um grupo de pessoas jovens e animadas e um guia muito gente boa, o Jeff, que toda vez que entrava no ônibus repetia, 'hi ladys and gents, is everythin hundred per cent?' Até comida vegetariana só para mim ele fazia.
Buddy, the truck
O ônibus é adaptado para aventuras, como terrenos difíceis, frio e calor intensos, possível ataque de animais durante os safáris, enfim, de fora parecia um tanque do exército. De dentro também, não fosse a quantidade de mochilas e máquinas fotográficas que delatavam a nossa condição de turistas deslumbrados.
O meu grupo era o camping tours. Todos que estavam comigo haviam preferido as barracas às acomodações. Por ser mais aventureiro, mais barato e por que não, mais divertido. Ninguém além de mim falava português.