Versa o adágio popular que "o medo é a arma dos covardes". Esse sentimento, de fato, tem uma péssima reputação. Está relacionado à falta de coragem e à incompetência. É sempre lembrado como algo que nos impede de realizar, e está intimamente ligado à vergonha. Vergonha de sentir e de revelar o medo.
Na verdade, o medo é indispensável ao convívio social, pois é justamente o que freia as nossas insanidades, barra os nossos ferozes instintos. É ele que nos faz temer o incerto, o desconhecido, por isso, muitas vezes, nos impede de sofrer e de errar além da conta.
O medo de ser preso impede a pessoa de cometer um crime, o medo de arriscar poupa das conseqüências negativas, o medo das dificuldades, muitas vezes, é o que facilita.
É claro que sentí-lo em excesso é prejudicial, pois quem tem medo não vive intensamente, não segue os impulsos, não reage com espontaneidade, evita correr riscos. Porém, quem souber dosar o medo pode regular melhor a vida, delimitar a liberdade - a sua e a dos outros - sem passar dos limites.
Se os criminosos tivessem mais medo da polícia; os viciados, da morte; os estressados, das reações alheias; os filhos, dos pais; e os alunos, dos professores, não há dúvidas, o mundo teria mais paz e respeito.
O medo existe para ser compreendido. E feliz daqueles que sabem dosar!
Muito mais do que "a arma dos covardes", é a ferramenta dos inteligentes, dos conscientes. Bem que poderia haver mais medo (na dose certa) em determinadas consciências e em determinados corações.
Quem sou eu
- Ambelle B. Schmidt
- Nasci em Floripa, vivo em Miami e sou apaixonada pela África. Adoro viajar e explorar novas culturas. Tenho especial interesse pelas diferenças. Este é o meu caderno de 'viagens' aberto ao publico. Seja bem-vindo (a)!
28.6.07
26.6.07
A violência é uma escolha - O caso dos playboys criminosos
É difícil encontrar explicação para certas coisas. O que leva três garotos a espancarem uma mulher que estava parada no ponto de ônibus, justificando acharem se tratar de uma prostituta?
Há quem diga que o cerne dos problemas sociais está na precariedade das relações familiares. Os pais são diretamente responsáveis pela conduta dos filhos, porque têm o dever de orientar, de transmitir valores, de zelar pelo bom comportamento e, acima de tudo, de fiscalizar sua conduta. Tudo bem. Mas, então, como se explica o fato de dois ou mais filhos, que recebem a mesma educação, que são criados da mesma forma e, no entanto, agem de forma oposta, um deles levando uma vida decente e honesta e o outro optando pelo mundo do crime? É certo que a família tem parcela de interferência no comportamento dos filhos, mas não é a maior responsável. O grande culpado é o próprio indivíduo.
A conduta de uma pessoa é opção exclusivamente dela. É ela quem escolhe, quem toma as decisões. É ela que articula e programa seus atos. É ela quem sofre, inclusive, as mais graves conseqüências. E mesmo sabendo disso, muita gente insiste em pegar o caminho errado. Por isso, reafirmo: não adianta buscar respostas para a violência na família, na sociedade, no sistema ou na política. A violência mora no indivíduo. O problema é de dentro para fora. Todos nós nascemos com duas metades opostas: o ruim e o bom, o escuro e o claro, o riso e a lágrima, a ansiedade e a tranqüilidade, a loucura e a sanidade, a violência e a paz. Qual o sentido da vida, se não, justamente, aprimorar o lado obscuro e exercitar o melhor de nós?
No caso dos "filhinhos de papai" criminosos, não restam dúvidas de que seus pais falharam. Um deles atestou na própria entrevista, defendendo o filho e considerando injusta a prisão dos jovens, por serem estudantes e de bom nível social. Mas quem falhou, acima de tudo, foram os próprios jovens. Suas consciências são culpadas!
Independentemente da educação que receberam (ou que deveriam ter recebido), da forma como foram criados ou do meio em que vivem, todos nascem com um sistema de valores próprios. Todos são dotados de discernimento . O problema da violência só terá solução quando a humanidade se der conta disso. E quiser transformar aqueles 50% de paz, tranqüilidade e sanidade em 100%.
Há quem diga que o cerne dos problemas sociais está na precariedade das relações familiares. Os pais são diretamente responsáveis pela conduta dos filhos, porque têm o dever de orientar, de transmitir valores, de zelar pelo bom comportamento e, acima de tudo, de fiscalizar sua conduta. Tudo bem. Mas, então, como se explica o fato de dois ou mais filhos, que recebem a mesma educação, que são criados da mesma forma e, no entanto, agem de forma oposta, um deles levando uma vida decente e honesta e o outro optando pelo mundo do crime? É certo que a família tem parcela de interferência no comportamento dos filhos, mas não é a maior responsável. O grande culpado é o próprio indivíduo.
A conduta de uma pessoa é opção exclusivamente dela. É ela quem escolhe, quem toma as decisões. É ela que articula e programa seus atos. É ela quem sofre, inclusive, as mais graves conseqüências. E mesmo sabendo disso, muita gente insiste em pegar o caminho errado. Por isso, reafirmo: não adianta buscar respostas para a violência na família, na sociedade, no sistema ou na política. A violência mora no indivíduo. O problema é de dentro para fora. Todos nós nascemos com duas metades opostas: o ruim e o bom, o escuro e o claro, o riso e a lágrima, a ansiedade e a tranqüilidade, a loucura e a sanidade, a violência e a paz. Qual o sentido da vida, se não, justamente, aprimorar o lado obscuro e exercitar o melhor de nós?
No caso dos "filhinhos de papai" criminosos, não restam dúvidas de que seus pais falharam. Um deles atestou na própria entrevista, defendendo o filho e considerando injusta a prisão dos jovens, por serem estudantes e de bom nível social. Mas quem falhou, acima de tudo, foram os próprios jovens. Suas consciências são culpadas!
Independentemente da educação que receberam (ou que deveriam ter recebido), da forma como foram criados ou do meio em que vivem, todos nascem com um sistema de valores próprios. Todos são dotados de discernimento . O problema da violência só terá solução quando a humanidade se der conta disso. E quiser transformar aqueles 50% de paz, tranqüilidade e sanidade em 100%.
25.6.07
Contra-indicações
Conheço gente que toma remédio com a mesma naturalidade que chupa bala. Quando se sente meio aborrecido, tira uma baga colorida da bolsa e glupt! O problema é que a mania de aspirina tem cedido lugar à mania de fluxetina. A dor de cabeça de ontem, hoje é depressão, e os tranquilizantes, quem diria, estão na moda.
Conheço gente nova, de vinte e poucos anos, que toma remédio para dormir, antidepressivo para enfrentar os problemas diários, antiinflamatório para curar resfriado, e por aí vai.
Conheço gente nova, de vinte e poucos anos, que toma remédio para dormir, antidepressivo para enfrentar os problemas diários, antiinflamatório para curar resfriado, e por aí vai.
Pouca gente sabe que uma caminhada na praia pode curar uma dor de cabeça, que chá de marcela cura dor de estômago, que terapias podem curar depressão e, principalmente, que os resultados da homeopatia são surpreendentes. Ah, e que um bom abraço (de preferência várias doses por dia) também faz milagres!
É muito mais fácil e seguro paea eles apelar para a alopatia, que têm efeito imediato. Por outro lado, as contra-indicações e reações adversas são de deixar doente qualquer doente! Algumas pessoas, inclusive, preferem nem ler a bula. Ou começam a sentir as reações (conforme vão lendo os efeitos colaterais), ou deixam de tomar o remédio por medo de sentí-las.
O que muitas vezes parece ser a cura, a longo prazo pode ser a causa de diversos outros problemas. Felizes daqueles que descobrem a saúde no esporte, a tranquilidade da mente nas terapias, e que atingem o bem estar de forma natural (quando possível, claro, e muitas vezes é). Quem se dá conta de que as doenças nada mais são do que manifestações físicas de abalos sofridos, muito antes, no plano sentimental (emocional), nunca mais vai precisar de remédio.
É muito mais fácil e seguro paea eles apelar para a alopatia, que têm efeito imediato. Por outro lado, as contra-indicações e reações adversas são de deixar doente qualquer doente! Algumas pessoas, inclusive, preferem nem ler a bula. Ou começam a sentir as reações (conforme vão lendo os efeitos colaterais), ou deixam de tomar o remédio por medo de sentí-las.
O que muitas vezes parece ser a cura, a longo prazo pode ser a causa de diversos outros problemas. Felizes daqueles que descobrem a saúde no esporte, a tranquilidade da mente nas terapias, e que atingem o bem estar de forma natural (quando possível, claro, e muitas vezes é). Quem se dá conta de que as doenças nada mais são do que manifestações físicas de abalos sofridos, muito antes, no plano sentimental (emocional), nunca mais vai precisar de remédio.
9.6.07
Falta inteligência no trânsito
Cada vez mais me convenço de que o trânsito exige, acima de tudo e muito além dos conhecimentos práticos, equilíbrio emocional de pedestres e motoristas. Tenho constatado faticamente, nos meus percursos diários, que o desrespeito no trânsito está progressivamente maior.
Chove motoristas despreparados, que além de desconhecerem o Código de Trânsito e as prerrogativas de direção defensiva, ainda se acham no direito de desacatar quem as aplica. Seguidas vezes me deparo com situações em que um motorista age em desacordo com as regras e, quando alertado, xinga e faz aquele tradicional gesto, que somente atesta falta de educação, de respeito e de inteligência, e nada resolve o conflito. Infelizmente o trânsito acaba sendo válvula de escape para muitos condutores apressados, que nele descarregam suas frustrações cotidianas e carregam a sua bagagem de estresse, esquecendo-se de levar justamente o mais importante: as normas de trânsito e de boa educação.
Quando afirmam que o carro é o veículo que mais mata, é bom lembrar que o carro, sozinho, nada faz. Quem mata é o homem, que inúmeras vezes o conduz de forma irregular e irresponsável.
Motoristas e pedestres, sejamos inteligentes! Antes de xingar alguém (buzinar, mostrar o dedo ou gritar pela fresta do vidro), vejamos, inicialmente, quem está errado. Conheçamos o Código de Trânsito. Demonstremos um mínimo de equilíbrio psicológico ao lidarmos com a perigosa dualidade, velocidade x vida. Enquanto algumas pessoas insistem em ignorar as mais básicas regras da convivência em sociedade, continua sendo necessário repetir o óbvio.
Chove motoristas despreparados, que além de desconhecerem o Código de Trânsito e as prerrogativas de direção defensiva, ainda se acham no direito de desacatar quem as aplica. Seguidas vezes me deparo com situações em que um motorista age em desacordo com as regras e, quando alertado, xinga e faz aquele tradicional gesto, que somente atesta falta de educação, de respeito e de inteligência, e nada resolve o conflito. Infelizmente o trânsito acaba sendo válvula de escape para muitos condutores apressados, que nele descarregam suas frustrações cotidianas e carregam a sua bagagem de estresse, esquecendo-se de levar justamente o mais importante: as normas de trânsito e de boa educação.
Quando afirmam que o carro é o veículo que mais mata, é bom lembrar que o carro, sozinho, nada faz. Quem mata é o homem, que inúmeras vezes o conduz de forma irregular e irresponsável.
Motoristas e pedestres, sejamos inteligentes! Antes de xingar alguém (buzinar, mostrar o dedo ou gritar pela fresta do vidro), vejamos, inicialmente, quem está errado. Conheçamos o Código de Trânsito. Demonstremos um mínimo de equilíbrio psicológico ao lidarmos com a perigosa dualidade, velocidade x vida. Enquanto algumas pessoas insistem em ignorar as mais básicas regras da convivência em sociedade, continua sendo necessário repetir o óbvio.
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