{Não sei amar pela metade. Amo com toda ausência do meu ser,
porque deixo vazio em mim para provar mais de você. | Ofusco minhas luzes quando te permito brilhar, engulo minha
voz para te ouvir cantar. | Do pedestal onde repousas majestoso, tua mão me escapa.
Agarro-me às tuas pernas, acorrento-me à tua alma. | Teu riso me alegra, teu afago me acalma. | Não existe distância nos meus olhos fechados. É só querer,
que te trago para perto. | Meus poderes para te descobrir, mil mistérios para te encantar. Conheço-te a ponto de antever o que não podes enxergar. | Prendo-me à tua garra para fugir da minha falta de
esperança. | Acostumei-me à ilusão da nossa história para não ter que
encarar meus maiores medos. Obedeço ao comando dos teus dedos. | Distraio-me no teu riso para negar meu papel. |E eu não sabia o por que de tanta dor. | Jamais se pode abandonar
seu caminho e esquecer quem se é. | Todo o pesar que foi maior quando me vi no escuro, me fez
melhor. | Sou do teu tamanho, porque vi graça no que é meu. |As lágrimas me lavaram o peito e sou cristalina, alva como
papel em branco onde se pode recomeçar.}
Quem sou eu
- Ambelle B. Schmidt
- Nasci em Floripa, vivo em Miami e sou apaixonada pela África. Adoro viajar e explorar novas culturas. Tenho especial interesse pelas diferenças. Este é o meu caderno de 'viagens' aberto ao publico. Seja bem-vindo (a)!
7.11.13
O renascer das minhas asas
{O que comprime meu peito agora, mais do que a saudade que insisto
em soterrar com carradas de desgosto, em parte, é o eterno medo de mim.
A coragem derrotada tem a cara das máscaras que forjaram
minhas verdades tão bem, que já não sei quem sou.
Esqueci se, ao certo, sou aqui ou lá.
Meu coração medroso não sabe mais seu nome.
Minha razão, abandonada num labirinto sem saída, emudecida,
anseia pelo resgate.
Sonho, iludida, com a mão que me conduzirá pelo caminho onde
deixei meus cacos.
E quando não mais aguentar a dor pela morte da minha
liberdade, ouvirei novamente a explosão, aquela que me trouxe à vida. Mas desta
vez, não mais serei covarde ao me olhar no espelho. Pois sentirei incontrolável
sede de beber o mar. Terei a fome de um continente.
Não esconderei minhas asas, pois elas serão enormes e me
farão pairar acima deste pequeno mundo.
Não calarei meu grito, pois ele não sairá de mim. Virá de
todas as vidas minhas e dos que a mim vierem.
Emergirá da terra e perturbará o sossego dos conformados.
Despertará o sentimento dos sensíveis, o amor dos desalmados.
Será grande e profunda minha voz, até que eu reconheça que
não sou a mesma. Mas, enfim, me tornei quem deveria ser.
Então, secarei todos os cortes e compreenderei o motivos de
tantas lágrimas. Somente elas me levarão ao meu verdadeiro lugar. Onde
renascerei, pronta para voar.}
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