Quem sou eu
- Ambelle B. Schmidt
- Nasci em Floripa, vivo em Miami e sou apaixonada pela África. Adoro viajar e explorar novas culturas. Tenho especial interesse pelas diferenças. Este é o meu caderno de 'viagens' aberto ao publico. Seja bem-vindo (a)!
26.8.07
Precisa odiar?
Tenho a impressão de que as pessoas estão odiando mais. “Eu odeio leite, eu odeio ter que subir escada, eu odeio folhinha de orégano aparecendo na comida, eu odeio quando ele faz aquela cara”. Espanta constatar que o verbo odiar é conjugado com tanta falta de cuidado.
Como se não bastasse o ódio que propaga pelo mundo o preconceito, a guerra, a desunião e outras mazelas, a humanidade insiste em odiar também o que não tem a menor relevância, o que não precisa ser odiado. Aliás, tem algo que precisa? Se não gostou da roupa, não vista, se não gostou da comida, não coma, se não gostou da pessoa, fique na sua, oras! Por que sair por aí dizendo que odeia?
Pesquisas científicas comprovam - e as catástrofes mundiais evidenciam- que o ódio faz mal a quem sente. É um sentimento que cega, entorpece, afunda. O ódio nutre dentro da gente a raiva e o rancor, sentimentos que tiram as pessoas do controle e impedem a humanidade evoluir.
Que tal, no cotidiano, trocar o “odeio” pelo “não gosto”? Podemos silenciar o coro do ódio e extirpar do vocabulário esse verbo maligno. Seria gramaticalmente mais correto e socialmente mais saudável. Estou lançando a campanha: tire o ódio da sua vida e comece pelo vocabulário! Até porque - sem querer assustá-lo, nós somos o que pensamos.
Já temos ódio suficiente no planeta, transmitido de tiranos para seguidores, de fanáticos para fiéis, de mentes perversas para mentes vazias, sem que muitos parem e questionem o sentido e as conseqüências desse mal.
Você tem todo o direito de não gostar de alguma coisa, mas não precisa exagerar dizendo que odeia. Só para lembrar: existem também o "não gosto" e o "não aprecio".
15.8.07
Bicho é bicho
Acho questionável esse negócio de ter bicho de estimação. Sempre que vejo alguém passeando pela rua com seu cachorrinho peludo de coleira de strass, de certa forma, tenho pena do bichinho.
Muita gente opta por ter um animal em casa para suprir suas carências afetivas. E, de certa forma, resolve o problema, porque quando quer se distrair, dar uma volta na rua ou uma corrida na Beiramar, o bichinho está ali, prontinho para a batalha. Não diz que está cansado, não chora e nem resmunga. Fica todo faceiro abanando o rabinho! Mas, e as carências afetivas do bichinho? Muitos deles passam os dias inteiros em casa (os menores, em apartamento), sozinhos.
Muito cedo são tirados das mães, criados longe das famílias e da natureza, cada um em uma área de serviço diferente. E ganham caminhas estofadas, pratinhos decorados, ossos de brinquedo. E correm em tapetes persa, vão ao salão de beleza de 15 em 15 dias, vestem casaquinhos de tricô. Não à toa têm desenvolvido doenças psicossomáticas, como estresse e câncer.
Pobres gatos, tartarugas, passarinhos e peixinhos! Quantos peixinhos coloridos viraram brinquedo de criança e não duraram nem uma semana? Aí o pai vai lá e compra outro. Ele morre. O pai vai á e compra outro...
Acho anti-natural criar bicho de estimação como bebê, dar de presente para os filhos como se fosse mais um brinquedo entre tantos outros. Minha visão a esse respeito é bem simplista: bicho é para viver na natureza, no quintal, em companhia de outros bichos. Bicho é para ser criado como bicho.
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